Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (158)

30ª Maratona de Porto Alegre

A 30ª Maratona de Porto Alegre, dia 16 de junho, teve vitória de quenianos. Contudo, os tempos ficaram longe dos recordes esperados, apesar do clima agradável e percurso favorável, dois dos principais trunfos da prova gaúcha, ao lado da excelente organização.
Em comemoração pelos seus 30 anos, a maratona ofereceu um prêmio extra de R$ 50 mil, se fossem superadas as melhores marcas alcançadas no Brasil, ou seja, 2:11:19 na vitória de Vanderlei Cordeiro de Lima em São Paulo 2002, e 2:31:31 da queniana Rumokol Chepkanan, também na maratona paulistana, em 2012.
Mas os tempos foram altos em Porto Alegre. Único queniano presente (levado pelo ex-atleta de elite Luiz Antonio dos Santos), Kiprop Mutai venceu com 2:16:27, seguido dos brasileiros Marcos Alexandre Elias (2:17:35), Eliezer de Jesus Santos (2:18:01), Fredison Carneiro Costa, que ganhou a maratona Disney em 2011 e 2012, com o tempo de 2:18:29, e Fabio Mota Paiva (2:20:33).
No feminino, a cena se repetiu. As duas quenianas, da mesma equipe Luasa, fizeram dobradinha, com a campeã estabelecendo a melhor marca da prova gaúcha. Ednah Mukhwana venceu em 2:32:47, seguida de Jacklyne Rionoripo (2:36:50) e depois as brasileiras Graciete Moreira Santana (2:46:47), Conceição de Carvalho (2:49:05) e Maria Bernadete Cabral (2:50:57).
O total de concluintes na maratona foi de 1.556 (1.292 homens e 264 mulheres), superando o registrado no ano passado, que teve 1.415. Além dos 42 km, aconteceu uma rústica de 8 km, em que terminaram 941 corredores. Como nas últimas edições, grande sucesso no revezamento na distância de maratona, com equipes de 2, 4 e 8 integrantes.
A maratona gaúcha tem a fama de ser a melhor do Brasil para a obtenção de resultados rápidos, por seu percurso quase todo plano, pela quase sempre temperatura favorável, como neste ano, em parte pela largada acontecer às 7 horas para as mulheres e 7h15 para os homens. O trânsito esteve absolutamente controlado, inclusive sem os incômodos da pressão de motoristas irritados com os transtornos das vias fechadas.
Quanto ao abastecimento, ele aconteceu a cada 2,5 km, com água e Gatorade, mas não havia qualquer posto com fruta, gel ou outro alimento sólido, o que seria recomendado, na opinião da CR.
Destaque também para o eficiente sistema de traslados, com vans, que a organização disponibiliza desde o aeroporto e rodoviária até os hotéis conveniados e feira da maratona. No dia da prova, ele funcionou a contento, o que é muito importante para o pessoal de fora, e que é expressivo nos 42 km individuais, uma vez que a largada/chegada, em frente ao Jockey Clube, é relativamente distante do centro.
Mais uma vez os uruguaios estiveram presentes em grande número tanto na maratona como na rústica e no revezamento, com boa parte vindo de ônibus desde Montevidéu. Eles totalizaram quase 100 corredores, sem contar outro tanto de acompanhantes. Também se fizeram presentes diversos argentinos. E pela primeira vez a prova contou com uma expo de verdade, onde aconteceu a entrega dos kits.

BANHEIROS. Durante muitos anos da Contra-Relógio brigamos para que os organizadores disponibilizassem banheiros em quantidade adequada para o número de participantes. Muitos eram os eventos (como a São Silvestre!!!) que nada ofereciam, enquanto outros até conseguiam quando a corrida acontecia ao lado de alguma estrutura (ginásios, banheiros públicos etc.).
É verdade que banheiros químicos tinham custo alto em passado recente, mas hoje em dia estão bem mais acessíveis e agora são encontrados em todos os eventos, que não contam com um serviço fixo e obviamente de melhor qualidade. A Maratona de Porto Alegre não fugiu a essa regra e disponibilizou um conjunto de cem banheiros químicos, número coerente com as prováveis 6 mil pessoas (entre corredores e acompanhantes) presentes, sem praticamente filas para o uso.
Contudo, o equipamento empregado (não só nessa corrida, como na absoluta maioria das outras, pelo Brasil) continua sendo péssimo, pelo odor, sujeira e visual dos dejetos, numa situação muito degradante, especialmente para as mulheres e crianças. Há uma ou duas décadas o custo era o maior impeditivo para o uso, mas agora não mais, e é possível sim utilizar opções mais "civilizadas" que mesmo tendo um aluguel pelo dobro do preço dos modelos básicos representam quase nada no orçamento geral de uma grande corrida.

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