Por Tomaz Lourenço | tomaz@novosite.contrarelogio.com.br
No país não chegam a 20 as maratonas de 42.195 m, aferidos por medidor credenciado pela CBAt – Confederação Brasileira de Atletismo. São elas que são consideradas para o Ranking montado pela CR, desde, naturalmente, que os resultados sejam homologados pela entidade e que o evento repasse as listagens completas dos concluintes, para que a revista faça a depuração das marcas válidas para o Ranking, dentro dos tempos-limite das faixas etárias/sexo.
Contudo, perto de meia centena de outras provas no Brasil, intituladas ou não de maratona, oferecem a opção da distância de 42 km, muitas delas por percurso de trilhas, como se pode ver até pelo título de algumas apresentadas abaixo, tomando-se como referência as anunciadas para acontecer entre março e junho. Neste caso, a medição oficial fica inviável, dado o piso e o ambiente envolvidos.
Já as demais, por asfalto (ruas, avenidas, estradas), poderiam ser aferidas, mas isso representa um custo extra e alto, daí os organizadores abrirem mão desse rigor, até porque muitos inscritos não estão preocupados com o detalhe da distância precisa, mas sim em participar de uma boa prova, com bonito visual, abastecimento correto, atendimento médico e outros aspectos positivos, que se exige em uma corrida.
No quadro, apresentamos 25 eventos do primeiro semestre que têm entre seus percursos a opção dos 42 km, sendo destacadas (grifadas) as maratonas que deverão ser válidas para o Ranking da CR. Também chama atenção a estreia de algumas delas, como a Trail Marathon no Rio, a de João Pessoa, a de Aracaju, que será a primeira do circuito Track & Field, a de Niterói e a Borba Gato em Pinda.
Outro aspecto curioso é que as provas do quadro acontecem em 14 estados, alguns não muito profícuos em corridas de rua, assim como várias em cidades pequenas, valendo realçar os 42 km que poderão ser feitos em Sítio Novo (RN), em Tibagi (PR), em Teresina (PI), em Mazagão (AP), em Mariana (MG) e a Maratona Saúde “Serra de São Francisco”, em Votorantim (SP), cuja FOTO (de Marcos Viana “Pinguim”) ilustra este post.
PARA CORRER 42 KM, AFERIDOS OU NÃO
07/03
Jaraguá Sky Marathon (Jaraguá do Sul, SC)
15/03
Maratona das Praias (Recife-Cabo de Santo Agostinho, PE)
28/03
Trirex Trail Run (Brotas, SP)
29/03
Desafio das Montanhas Vulcânicas (Poços de Caldas, MG)
www.montanhasvulcanicas.com.br
05/04
Maratona Internacional de São Paulo (SP)
Primitivus Trail Run (Sitio Novo, RN)
18/04
Naventura Trail Run Canion Guartelá (Tibagi, PR)
19/04
Maratona Monumental de Brasília (DF)
www.maratonamonumentalbsb.com.br
Trail Marathon Rio de Janeiro (RJ)
02/05
Desafio 42K de Nazaria (Teresina, PI)
03/05
Maratona de João Pessoa (PB)
www.maratonadejoaopessoa.com.br
Desafio Conquista Race (Vitória da Conquista, BA)
Maratona no Meio do Mundo (Mazagão, AP)
Maratona Portal a Portal (Quatro Barras, PR)
16/05
Maratona Galo Véio (Mariana, MG)
Maratona de Aracaju (SE)
17/05
Maratona Nilson Lima (Uberlândia, MG)
Maratona Saúde Serra de São Francisco (Votorantim, SP)
Maratona de Niterói (RJ)
Maratona da Cidade do Natal (RN)
Maratona Borba Gato (Pindamonhangaba, SP)
31/05
Maratona Internacional de Porto Alegre (RS)
www.maratonadeportoalegre.com.br
14/06
Maratona do Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Maratona da Cidade de Florianópolis (SC)
27/06
Mountain Do Costão do Santinho (Florianópolis, SC)
Uma pra curtir, outra pra ranquear
Farei duas maratonas neste primeiro semestre: dia 15 março a das Praias, de Recife e Cabo de Santo Agostinho, e dia 31 de maio a de Porto Alegre. Na prova pernambucana a motivação é participar da 10ª e festiva edição, confraternizando com os corredores locais e muitos outros, boa parte assinante da CR de longa data, como o organizador Lula de Holanda. Será minha estreia em provas do estado e desde já ansioso por correr e conhecer as várias praias integrantes do percurso.
Já na capital gaúcha o objetivo é bem diferente, pois estarei correndo contra o relógio, em busca de um resultado que me garanta no Ranking Brasileiro de Maratonistas 2020, aproveitando as excelentes condições oferecidas pelo evento, notadamente o percurso plano e a temperatura baixa. E esses fatores são, sem dúvida, o grande diferencial de Porto Alegre, que ajudam sobremaneira na obtenção de marcas rápidas, como constatei lá em 2016, quando obtive a difícil qualificação para Boston, com 20 minutos de folga!