A Maratona de Boston sempre conta com muitos atletas rápidos, em função da excelente premiação que oferece, mas devido a seu percurso não plano (apesar da chegada ser em ponto mais baixo do que na largada) não se acreditava que um dia alguém correria lá em menos de 2h05.
Já no ano passado houve a surpresa com recorde da prova sendo batido com 2:05:52, enquanto o anterior era de 2:07:14, em 2006. Agora o queniano Geoffrey Mutay surpreendeu ainda mais ao finalizar em 2:03:02, seguido do compatriota Moses Mosop (2:03:06), do etíope Gebre Gebremanian (2:04:53) e do americano Ryan Hall, com o recorde de seu país: 2:04:58.
A temperatura ajudou, em torno dos 10 graus, e também um forte vento a favor, mas de qualquer forma ninguém esperava marcas tão sensacionais. Sem contar que, como sempre, a prova não ofereceu coelhos para ditar o ritmo na primeira metade ou mesmo até os 30 km, como fazem outras maratonas.
Como o desnível médio em Boston supera o máximo (42 m) permitido pela IAAF, desde a largada até a chegada, favorecendo os participantes, assim como a distância entre o início e o fim é maior que 21 km, as marcas na mais tradicional maratona do mundo não podem ser homologadas como recorde mundial pela entidade responsável pelo atletismo internacional.
No feminino uma grande disputa até o final, com as três primeiras chegando quase juntas, em esforço que levou a campeã ao chão, logo após cruzar a linha. Ficou assim o pódio: Caroline Kilei (Quênia) em 2:22:36, Desiree Davila (EUA) em 2:22:38 e Sharon Cherop (Quênia) com 2:22:42.
Cobertura da Maratona de Boston na CR de maio.
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Muito interessante um record num percurso com tantas subidas e descidas,e mais ainda na Maratona mais antiga do Mundo. Mas, o que me chamou atenção mesmo foram as boas colocações dos americanos Desiree Davila e de Ryan Hall entre os cinco, isso porque tanto aqui no Brasil como em muitos paises a invasão africana tem tirado os nacionais dos pódios, e Ryan já se tornou um ídolo não só americano.Gostaria muito de ver Geofrey Muttay em sua próxima maratona, e quem sabe o Record sub 2 horas não esteja mais próximo do que pensamos.!?
Pô, só pela foto já dá pra ver o descidão que é a chegada. dá pra tirar 1 minuto só nessa descida final.
Impressionante! O cara voou. É um preparo absurdo, e agora qual será a proxima prova desse ser? Até pouco tempo atras não se corrigitava um sub 2 horas, mas e agora?
Carlão
Complementando o comentário do Vicent Sobrinho, também vale ressaltar a quinta colocação da também americana Kara Goucher, que era observada com grande expectativa, pois teve um filho a apenas 7 meses, e esta foi sua primeira maratona após dar a luz, foi muito bem, batendo sua propria marca do ano anterior em boston em 1 minuto, correu para 2h24…ou seja, no pódio feminino duas americanas (2 e 5), então significa que mesmo com a “invasão africana”, nada é impossivel…um exemplo é o nosso marilson na ultima sao silvestre, foi só ele voltar a participar que tirou dos quenianos a vitória dos ultimos anos, muito legal mesmo a maratona de boston, assisti toda ela ao vivo e a disputa nos ultimos km do feminino foi algo impressionante, a Davila foi muito guerreira até o fim.
Pô Julio, vou te mandar umas fotos dos subidões…..rs.
O fato é que muitos campeões correram em Boston (inclusive detentores de recordes mundiais) e não conseguiram melhorar suas marcas. O feito desses 2 Quenianos é histórico.
Concordo com o Dimas. Boston é centenária. O que os dois quenianos fizeram é espetacular. Não é o recorde mundial porque existe uma regra e deve ser respeitada. Ponto. Mas não dá para desmerecer o que os caras fizeram. E a chegada é em descida, ok, e as belas subidas do percurso? Se pegarmos os últimos 20 anos, os tempos de Boston são altos, ou seja, se fosse fácil, teríamos sempre recordes ou marcas expressivas, o que não acontece. Então, que venha Berlim.