Notícias admin 29 de março de 2016 (0) (111)

10ª Meia-Maratona de São Paulo

Não é efetivamente uma prova para se conseguir bom tempo nos 21 km, mesmo com o clima colaborando. A 10ª edição da principal prova de 21 km da capital paulista, realizada pela Yescom no dia 21 de fevereiro, teve como principal novidade a alteração do trajeto, quase uma inversão de direção em relação ao que vinha sendo praticado nos últimos anos.
A largada às 7 horas, já no horário normal, poderia ser um inconveniente, por estarmos no meio do verão, mas o domingo amanheceu nublado com temperatura amena, resultado de uma boa chuva durante a madrugada, e assim permaneceu. Já o percurso…
Além de nada plano, são inúmeras as curvas, bem fechadas ou não, o que não permite a ninguém (talvez nem para a elite) fazer um bom tangenciamento e, dessa forma, os participantes com certeza correm mais que os 21 km, acréscimo que deve variar de 100 metros (para os ponteiros e que sejam perfeitos tangenciadores) até mais de 500 metros para os corredores normais, pouco atentos a esse detalhe e que, mesmo que fossem, não conseguiriam fazer o percurso mais curto possível, em função do aglomerado de gente nesses pontos, sempre um pouco estreitos.
Aliás, durante o terço final da prova ouviam-se muito comentários sobre o fato dos GPS estarem marcando a mais do que sinalizavam as placas de km, a maioria não entendo porque ou fazendo elucubrações sobre as razões para a discordância. De qualquer forma, no final, nada de muita comemoração, já que quase todos devem ter ficado pouco satisfeitos com o que marcava o relógio na passagem do pórtico.
Chamou atenção a entrega apenas de água no percurso, gelada ou não, mas nada de hidratante, o que não chega a ser uma tragédia, especialmente porque a maioria levava gel (fornecido pela prova), sem contar que muita gente faz os 21 km sem ter necessidade de qualquer abastecimento especial. Por sinal, a colocação de um posto de água no km 2,5 só atrapalhou e não era efetivamente importante lá estar.

MUITOS PIPOCAS. Como tem acontecido na maior parte das provas brasileiras, a presença dos pipocas foi significativa na Meia de SP, devendo ter ficado em torno de 20% do total dos presentes. De certa forma, eles tem sido expressivos em parte por estímulo dos próprios organizadores, na medida em que estes nada fazem para restringir sua participação.
Ao contrário das principais provas do exterior, em que não se consegue acesso às baias de largada se não estiver inscrito, por aqui é tudo à vontade, sem contar que não há qualquer controle por ritmos previstos, o que torna os primeiros quilômetros sempre lentos e confusos.
Os responsáveis pelas provas deveriam se preocupar em bem atender os devidamente inscritos, com ações que desestimulassem e impedissem a participação dos pipocas, não só no acesso à largada, como também à área de chegada. Enfim, eles devem respeitar os 80% que pagou para lá estar e não os outros 20%.
Se assim fizessem, poderiam até reduzir os valores das inscrições, o que estimularia maior participação oficial e, no final das contas, com certeza um lucro ainda maior com os eventos. É importante deixar claro que costumam ser pouquíssimos os pipocas lá fora não por educação, mas por serem tratados com rigor, quase como bandidos.
Aliás, na prova paulistana se constatou o famoso "partilhamento" do kit de inscrição, ou seja, uma pessoa corre com o chip, outra com a camiseta e um terceiro com o número. Se não bastasse isso, muitos treinadores lá estavam com boa parte de seus orientados como pipocas, o que é um enorme contracenso, na medida em que eles devem a existência de seu trabalho e ganha-pão ao fato de existirem corridas. Se elas definharem, para que treinar com eles?

PROVA DE 5 KM ATRAPALHA. Também em nada contribui para o bom andamento da Meia de SP a realização conjunta de uma corridinha de 5 km, tornando os primeiros 2 km bastante confusos. E a solução é extremamente fácil: basta largar esses corredores uns 20 minutos após o final da saída principal da meia, inclusive com a possibilidade de voltar pela mesma faixa da avenida.
Para tanto, seria obviamente necessário que se implantasse uma largada controlada, como citado anteriormente. E a quase totalidade dos corredores dessa prova já teria finalizado quando os primeiros colocados nos 21 km começassem a chegar, em nada atrapalhando, portanto.

OS PÓDIOS EM SÃO PAULO
1 Giovani dos Santos (BRA) 1:06:21
2 Bernard Chumba (QUE) 1:06:48
3 José Marcio Leão (BRA) 1:07:23
4 Solonei da Silva (BRA) 1:07:48
5 Valério Fabiano (BRA) 1:07:50

1 Sylvia Kibiego (QUE) 1:18:03
2 Joziane Cardoso (BRA) 1:18:58
3 Valdilene Silva (BRA) 1:19:35
4 Adriana Aparecida (BRA) 1:20:02
5 Andréia Hessel (BRA) 1:20:43

 

 

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